Gestores defendem como prioridade a redução do défice em 2018

Gestores portugueses revelam que a redução da carga fiscal deverá ficar para segundo plano em 2018.

A confiança dos administradores e CEOs das médias e grandes empresas presentes em Portugal continua a crescer e a redução do défice é vista como uma ação prioritária. Estas são duas das principais conclusões da 14ª edição do barómetro económico realizado pelo Kaizen Institute Portugal, com o objetivo de sentir o pulso do tecido empresarial português relativamente a temas fulcrais para o desafio e crescimento das empresas e da economia.

De acordo com os mesmos, a prioridade do governo para este ano deve passar pela implementação de medidas estruturais para reduzir o défice (37%), baixando para 21% a percentagem dos administradores que indicam a redução da carga fiscal como a área prioritária em 2018.

Já em relação à produtividade, 50% afirma que esta aumentou nas suas empresas, enquanto 44% afirma que se manteve inalterada. Quanto à tendência do EBITDA na respetiva empresa, para 51% dos inquiridos é crescente e para 40% mantém-se estável. 

Mais de 50% dos responsáveis avalia o orçamento de Estado 2018 neutro no que diz respeito ao crescimento económico: 2,2% em 2018. “Neste tema, 71% dos participantes considera que este crescimento económico a que o país assiste deve-se a uma melhoria da conjuntura económica internacional, não obstante, poderá divergir da média europeia nos próximos tempos”, diz o estudo. 

Quanto às exportações, 57% dos gestores prevê que o nível de exportações seja superior ao de 2017, já 42% afirma que se manterá no mesmo nível do ano passado. Em relação à estratégia da sua empresa no campo da transformação digital, a maioria dos gestores admite que irá representar um “investimento moderado”.

Já nas suas próprias empresas, o aumento da rentabilidade (33%), a modernização e a otimização dos produtos e/ou serviços (21%), o crescimento do volume de negócios e o aumento da competitividade (ambos com 20%) são apontados como os maiores desafios para 2018.