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Sexta-feira

"O Resgate do Soldado Ryan", na Cinemateca

Como parte do ciclo “Histórias do Cinema”, a propósito do surgimento da tecnologia digital na indústria cinematográfica, a Cinemateca Portuguesa exibe hoje (21h, Sala M. Félix Ribeiro) o filme em que Steven Spielberg reconstituiu a invasão da Normandia pelas forças aliadas, durante a II Guerra Mundial. Um dos maiores sucessos do realizador da década de 1990, com a famosa sequência inicial de 30 minutos, com o desembarque dos fuzileiros navais dos Aliados, a 6 de junho de 1944, na praia de Omaha. 

Ribeiro Farinha na biblioteca dos Coruchéus

A mostra da Biblioteca dos Coruchéus reúne 19 obras, sobretudo trabalhos recentes, mas também peças mais antigas, ilustrativos do percurso artístico. Ribeiro Farinha, um dos pioneiros dos Coruchéus, nascido em Sobreira Formosa, Proença-a-Nova, em 1933, formou-se na Escola António Arroio, em Lisboa, e na Academia Carrara, em Itália, mantendo a sua atividade artística com trabalho diário no seu ateliê. Ao longo da sua carreira dedicou-se à pintura e ao desenho, dando também destaque à cerâmica escultórica. O pintor tem hoje o Espaço Ribeiro Farinha, dedicado à sua obra, na terra onde nasceu, onde podem ser apreciadas 75 peças. 

Sábado

"Ivone, Princesa de Borgonha", no São João

Depois de ter estado em cena no Teatro do Bairro, em Lisboa, António Pires leva ao  Teatro Nacional São João, no Porto, o “implacavelmente obtuso” texto escrito por Witold Gombrowicz em 1938 “à maneira de uma tragédia clássica”, nas palavras de Luísa Costa Gomes, que traduziu o texto para português para esta encenação. Com Maria João Luís e Marcello Urgeghe, João Barbosa, Mário Sousa, Alexandra Sargento, Hugo Mestre Amaro, Cláudia Alfaiate, Nuno Casanovas, Francisco Vistas e Carolina Campanela.

Festa de antecipação do Indielisboa

“Primeiro a sobremesa e depois o aperitivo”, convida a festa de antecipação do Indie Lisboa, às 21h30, no HUB Criativo do Beato, com o fenómeno nacional Conan Osiris – espécie de cruzamento de sangue entre António Variações, Feira da Ladra e Omar Souleyman. “Adoro Bolos”, reclama a personagem que, reza a lenda, é de Lisboa, viveu no Cacém e trabalha numa loja de brinquedos sexuais. O vídeo de “Borrego” no “5 Para a Meia Noite” da RTP diz mais do que todas as palavras sobre iconografia. E há um álbum que declara morte aos géneros onde cabe quase tudo, do kuduro à portugalidade e à globalização. A fechar, DJ Quesadilla tem uma coleção eufórica de discos para apelar ao fim da vergonha.

Domingo

"My Favourite Things", de João Gabriel

Na Galeria Boavista, em Lisboa, “My Favourite Things” reúne uma seleção de pinturas sobre tela e sobre papel realizadas nos últimos três anos por João Gabriel (1992). Quase todas inéditas, as obras desenvolvem em várias frentes o que os curadores da exposição, Sara Antónia Matos e Pedro Faro, dizem ser uma “investigação no âmbito da pintura”. A obra do artista, que participou na última edição dos Prémios EDP Novos Artistas, parte de situações ou imagens retiradas de filmes pornográficos homossexuais, sobretudo das décadas de 1970 e 80.

"Lindos dias!", no São Luiz

Happy Days/Lindos Dias! faz escala numa série de apeadeiros habituais na escrita de Beckett: a melancolia do envelhecimento, a luta pouco pacífica com a memória e as suas falhas, os assaltos constantes de remorsos e a cruz pesada dos sentimentos de culpa, a decadência física e psicológica, o apagamento progressivo da presença no mundo, a solidão atroz, a presença quase palpável da morte, a dureza da vida que se vive interiormente e não é partilhável com os outros. Encenação de Sandra Faleiro e interpretação de Cucha Carvalheiro e Luís Madureira.