Monchique. Incêndio assumiu “uma agressividade enorme”.

Conferência de Imprensa da Proteção Civil

A porta-voz da Proteção Civil admitiu esta quarta-feira que o incêndio que teve origem em Monchique assumiu “uma agressividade enorme”.

A segunda Comandante Operacional Nacional da ANPC, Patrícia Gaspar, disse esta noite, em conferência de imprensa, que o fogo “assumiu um comportamento completamente adverso, com uma violência e agressividade enorme”.

Patrícia Gaspar explicou que, durante a tarde, houve uma "série de reacendimentos em vários pontos do perímetro, na Fóia, nas Caldas de Monchique, em Barranco do Banho e toda a área entre São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra e Silves tendo chegado ao perímetro urbano da cidade".

“Os reacendimentos foram com violência enorme, de comportamento extremo e errático. O incêndio ora alinhou pelo vento, ora pela topografia sendo impossível antecipar o comportamento e os efeitos da meteorologia no teatro de operações. (…) A questão foi a meteorologia que se fez sentir, de difícil previsão. Foi uma situação complexa que se viveu, não foi falha, mas um constrangimento sério. Silves está complexo", acrescentou.

A responsável admitiu que não existem boas perspetivas para esta noite: “Vamos redefinir aquilo que será a estratégia para a noite, não nos espera um período fácil, a meteorologia, sobretudo o vento, mantém-se bastante desfavorável, vai favorecer aquilo que é a progressão do incêndio e temos de ter um cuidado imenso na análise”.

O incêndio em Monchique lavra desde a passada sexta-feira. Entretanto, as chamas alastraram e estão às portas de Silves. De acordo com o site da Proteção Civil, neste momento estão 1492 bombeiros no terreno, apoiados por 465 meios terrestres e 13 aéreos.