Será que dormir com peluches é prejudicial quando se está a entrar na idade adulta?

O artigo para aqueles que ainda não abandonaram os seus ‘protetores’, que os defendiam dos monstros escondidos debaixo da cama

Mesmo com 16 ou 17 anos, há quem tenha por hábito dormir com peluches, apenas por uma questão de conforto. A questão é que esse hábito, por vezes, pode prolongar-se até muito mais tarde. Será isso um problema?

Normalmente, de acordo com um estudo publicado pela revista científica Psychology Today do Instituto Psicanalítico da Universidade de Nova Iorque, os peluches são para as crianças “objetos de transição”, ou seja, ajudam-nos a lidar com o stress e ansiedade que surgemcom o avançar da idade, ajudando-os a “compreender o desenvolvimento humano, a desenvolver e manter interações humanas”.

De acordo com um estudo da Faculdade de Psicologia, da Universidade de Amesterdão, o contacto com objetos inanimados, como peluches, pode amenizar os indivíduos no que toca a medos existenciais – o simples toque pode ajudar certos adultos a lidar com estas preocupações.

De acordo com o psicólogo Robert Ryan, à Vice, afirma que há inúmeras razões pelas quais os adultos escolhem dormir com peluches. “Pode ser um sinal de solidão (…) se nos sentimos sozinhos e há um peluche gigante na nossa cama, acaba por haver ‘alguém’ a dormir connosco”. Ryan acrescenta que desde que não impeça alguém de trazer outra pessoa para a sua vida, não há qualquer problema em ter este hábito. A questão surge quando a pessoa tem vergonha de ter pessoas de ter alguém na sua vida, por causa dos peluches: “isso significa que está na altura de largar o peluche”.

Ou seja, desde que este hábito não interfira com a vida de alguém, não há problema em dormir com um amigo de peluche ao lado.