Voos. Perturbações afetaram cerca de 152 mil passageiros este verão

As indemnizações a que têm direito rondam os 50 milhões de euros. TAP e Ryanair são as companhias mais problemáticas.

A AirHelp, empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos e líder mundial na obtenção de compensações por perturbações em voos, analisou o período das férias de verão de 2018 (entre 1 de julho e 31 de agosto) para perceber quais os impactos das perturbações que se fizerem sentir em voos com partida ou chegada a Portugal e chegou à conclusão que cerca de 152 mil passageiros foram afetados que têm direito a receber indemnizações na ordem dos 50 milhões de euros. 

Analisando as companhias aéreas que voaram de e para Portugal que registaram mais perturbações, a AirHelp conclui que cerca de 63 mil passageiros da TAP são elegíveis a receber compensações, as quais poderão representar um valor global de cerca de 20 milhões de euros. 

Segue-se a Ryanair, com cerca de 28 mil passageiros afetados e um valor global de compensações que pode chegar aos 10 milhões de euros. No top das companhias com mais problemas surgem também a EasyJet e a Vueling, contabilizando mais de 20 mil e sete mil passageiros que sofreram perturbações, os quais poderão ter direito a um valor global de cerca de 6 e 2 milhões de euros em compensações, respetivamente.

Neste período, cerca de 50% dos voos da TAP que partiram de Portugal sofreram perturbações. Mais de sete mil voos tiveram um atraso entre 15 e 180 minutos, cerca de 80 voos atrasaram-se mais de 180 minutos e cerca de 250 voos foram cancelados.

No caso da Ryanair, cerca de 21% dos voos com partida de Portugal sofreram perturbações. Mais de 1200 voos tiveram um atraso entre 15 e 180 minutos, perto de 30 voos tiveram um atraso superior a 180 minutos e cerca de 70 voos foram cancelados.

No que diz respeito à pontualidade, destacaram-se pela positiva os aeroportos de Faro e da Madeira, com taxas de pontualidade de 81% e 77%, respetivamente. Por outro lado, o aeroporto de Lisboa apresentou a pior média (49%). 
É de referir que circunstâncias extraordinárias como tempestades ou emergências médicas isentam as companhias da obrigação de compensar os passageiros.