Uma jovem de 19 anos foi atacada por três homens que lhe cravaram uma suástica na pele por ter colado na mochila um autocolante a dizer “#EleNão” – a hashtag do movimento contra a extrema-direita e a eleição de Jair Bolsonaro.
Este é o terceiro ataque violento perpetuado pela extrema-direita no Brasil. Um mestre de capoeira foi assassinado com 12 facadas depois de ter dito que tinha votado em Fernando Haddad, enquanto a irmã de Marielle Franco foi insultada por apoiantes do candidato que venceu as eleições de domingo.
O caso da jovem de 19 anos, identificada numa publicação de Facebook por “L*”, foi confirmado pela Polícia Civil de Porto Alegre, onde ocorreu o crime, avança o G1. O ataque aconteceu na passada segunda-feira, dia a seguir às eleições, pelas 20h00.
Os três homens espancaram a jovem, e dois deles agarraram-lhe o braço enquanto um terceiro lhe cravou a cruz suástica na pele, perto da zona das costelas.
A polícia está a tentar identificar os agressores através de câmaras de vigilância. O delegado Paulo Cesar Jardim disse ao G1 que a marca cravada na pele da jovem é uma suástica ao contrário. "Se fosse alguém ligado a um grupo neonazista, faria o desenho correto", afirmou avançando que o caso está sob investigação.