Vasco Brazão subalugou casa das Forças Armadas no Airbnb

Instituto de Ação Social das Forças Armadas foi até ao apartamento, tendo concluído que este estava a ser usado para alojamento temporário

Um dos apartamentos que pertence ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) –  que estava alugada ao filho do ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM), Vasco Brazão, detido na sequência do caso de Tancos – foi subalugado no Airbnb, uma plataforma online que se destina ao aluguer temporário de imóveis.

A notícia que foi avançada pela rádio “TSF” na terça-feira, foi confirmada ontem pelo Ministério da Defesa. Segundo a tutela, o apartamento foi alugado no início deste ano ao filho de Vasco Brazão, para ser usado como “habitação própria”, mas este não mora lá.

De acordo com o relatório do IASFA, citado pela “TSF”, o instituto recebeu uma denúncia de que o apartamento arrendado ao filho de Vasco Brazão “para habitação própria, na Ajuda, estava a ser utilizado para alojamento local, com violação da finalidade constante do respetivo contrato”.

Nesse sentido, de acordo com o documento, alguns técnicos deslocaram-se até ao imóvel e  verificaram que este estava registado na plataforma de arrendamento temporário.

Questionado sobre a situação, o filho do ex-porta-voz da PJM “mostrou-se surpreendido”, remetendo os esclarecimentos para o seu pai, que revelou que o seu filho não sabia da situação porque não estava a morar naquele imóvel.  

O contrato proíbe o subarrendamento e, por isso, depois da denúncia, o arrendatário denunciou o contrato, tendo-se comprometido a entregar as chaves até ao final do mês.

Para já, o IASFA ainda está a analisar a situação de forma a decidir, – tal como o contrato prevê – uma possível indemnização pelo sucedido. Na segunda-feira, o “Diário de Notícias” já tinha revelado que algumas casas do IASFA têm sido usadas para alojamento local.

Depois dessa notícia, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, revelou na terça-feira que o governo está a trabalhar no sentido de apurar “o mais depressa possível” e com total “transparência quem são os utentes, quais são as condições em que beneficiam de algo que é importante, quais são os preços que pagam e quais são os seus rendimentos”.