SMS da EMEL em nome da Proteção Civil vai ser investigada

Algumas mensagens chegaram muitas horas depois da tempestade

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) abriu, esta segunda-feira, um processo de averiguações sobre o envio da mensagem, durante o fim de semana, pela empresa municipal de Lisboa EMEL a cidadãos, alertando para os riscos da tempestade Leslie.

“Face à passagem do furacão Leslie e recente avaliação do fenómeno atmosférico estão previstos vento e chuva fortes, afetando a cidade de Lisboa. É importante que se mantenha em casa após as 18:00”, pode ler-se na mensagem enviada pela EMEL, que em alguns casos foi recebida na madrugada de domingo ou mesmo ao final da tarde, já depois do período crítico da passagem da tempestade.

Confrontada pela agência Lusa, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) anunciou a abertura de um processo para apurar as circunstâncias do envio desta mensagem por parte da EMEL.

A comissão adiantou ainda que recebeu três queixas sobre o SMS, mas recusou fazer mais comentários até “estar na posse de toda a informação necessária para fazer uma avaliação sobre a legitimidade da atuação da empresa”.

Já o comandante nacional da Proteção Civil (ANPC), instituição em nome da qual foi enviada a mensagem, negou qualquer responsabilidade, explicando que o protocolo para este envio de mensagens só existe em caso de risco de incêndio,

Por outro lado, Duarte Costa admitiu que o assunto até foi debatido, mas que se optou pelo não envio para evitar “alarmismos”.