Brasil. Haddad aproxima-se de Bolsonaro, mas a passo lento

Diferença entre os dois candidatos encurtou na sondagem do Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Mas continua nos 12 pontos percentuais.

A data da segunda volta das presidenciais brasileiras aproxima-se e Fernando Haddad continua a encurtar distância em relação ao candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro. Segundo o Ibope, em São Paulo o petista pode tê-lo ultrapassado nas intenções de voto, mas uma sondagem divulgada pela Datafolha na tarde desta quinta-feira revela que Bolsonaro continua na frente, com 56% das intenções de voto dos brasileiros, contra os 44% de Fernando Haddad.

Na sondagem divulgada na semana passada também pela Datafolha, Bolsonaro tinha 59% das intenções de voto; e o candidato do Partido dos Trabalhadores que substituiu Lula na corrida às presidenciais 41%.

Depois de uma semana de polémicas em torno do candidato de extrema-direita — primeiro com a notícia da “Folha de São Paulo” de que a sua campanha foi ilegalmente financiada por empresas privadas que, em contratos que chegaram aos 12 milhões de reais, pagaram pacotes d disparo em massa de mensagens anti-PT via WhatsAppl, depois com a polémica videochamada para a Av. Paulista em que Bolsonaro ameaçou os seus opositores de prisão ou de exílio caso fosse eleito, ou ainda com as declarações do seu filho, Eduardo Bolsonaro, o deputado federal mais votado de sempre, que afirmou que fecharia o Supremo Tribunal Federal “com um soldado e um cabo” — Fernando Haddad apareceu em primeiro lugar nas intenções de voto dos paulistanos.

Na sondagem da Ibope, divulgada nesta quarta-feira, o candidato do PT surge com 51% das intenções de voto na cidade da qual já foi prefeito, o que, com uma margem de erro de 3%, se traduz num empate técnico entre os dois candidatos. No mesmo dia terá entrado em contacto com Carlos Lupi, presidente do PDT pelo qual se candidatou Ciro Gomes, o terceiro mais votado na primeira volta. Que, segundo a “Folha de São Paulo”, regressa esta sexta-feira ao Brasil e reavaliará a posição de “apoio crítico” a Haddad que tomou antes de ter viajado para a Europa.