Uma rede lusófona. Cabo Verde junta-se à Atlanticulture

Cabo Verde vai integrar a rede da Atlanticulture, um projeto lusófono que pretende “reformular a sociedade contemporânea, gerar mudanças efetivas e impactos positivos” a partir da Cultura

 O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde firmou há dias um protocolo com a Atlanticulture, pelo que vai integrar as redes de centros culturais desta organização que quer, usando também o grande laço que unes os países lusófonos – a língua -, promover a criatividade e a cultura contemporânea.

“A Atlanticulture Center quer fazer uma rede de centros culturais da mesma dimensão e com a mesma dinâmica que foi inaugurada na Madeira. O grupo quer expandir-se por Cabo Verde, Luanda (Angola), Maputo (Moçambique) e provavelmente em Macau. O objetivo é criarmos uma rede que faça programações culturais a nível destes países. Por exemplo, na Madeira abriu-se a exposição de DDiArte que é uma das duplas mais conhecidas no mundo da fotografia digital. Queremos trazer esta dinâmica e esses artistas para Cabo Verde, algo que só iremos conseguir de fato com a mobilização de fundos europeus”, afirmou Abraão Vicente, ministro da cultura de Cabo Verde, aquando da assinatura di protocolo.

Os responsáveis da Atlanticulture (AC) visitarão agora os espaços sugeridos pelo Governo de Cabo Verde para a instalação do Centro. Depois deste processo, ficará então decidido, em concordância com o Governo e a AC, qual será a ilha a receber o novo espaço.

A rede de centros da Atlanticulture lançou a primeira pedra na Madeira, onde está localizada a sede da organização, inaugurada em junho deste ano, em Machico. Mas a ideia é continuar lançar esta semente internacionalmente. Depois de Cabo Verde, os centros da AC vão chegar a Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé.

A premissa desta rede é simples e assenta num pilar base: a cultura. É esta a ferramenta, acreditam os dinamizadores, que deve ser usada para “reformular a sociedade contemporânea, gerar mudanças efetivas e impactos positivos”. “A Atlanticulture está constantemente à procura de respostas aos desafios modernos, tanto sociais, humanos e materiais, combinando criatividade, economia, indústria, comunicação, pesquisa e inovação”, explicam. E os centros da AC – que se assumem como uma incubadora cultural e criativa do Atlântico – funcionarão como espaço privilegiado para este diálogo.
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