António Joaquim confessou em tribunal que mantinha uma relação amorosa com Rosa Grilo, viúva de Luís Grilo, há quatro anos e que o triatleta “não sabia de nada”.
De acordo com a notícia avançada pelo Correio da Manhã, António Joaquim garantiu que a relação com Rosa Grilo “já não tinha futuro” e que queria ficar com a ex-mulher.
“Tentei que ela [ex-mulher] voltasse atrás, mas não consegui. Eu queria ficar com ela e com os nossos filhos”, disse o amante de Rosa Grilo, suspeito de ser cúmplice do homicídio de Luís Miguel Grilo.
Apesar de considerar que a relação com Rosa não tinha futuro, o ex-funcionário judicial, que alega não saber nada do crime, diz que ficou a dormir em casa da amante, uma vez que esta parecia “abalada”.
Contudo, o discurso de António Joaquim torna-se contraditório, uma vez que revela que se ia encontrar com Rosa no dia em que Luís Grilo foi dado como desaparecido, a 16 de julho.
“Ela mandou uma mensagem a dizer que não podia. E só mais tarde, já depois das quatro, é que me disse que o Luís tinha desaparecido”, afirmou, citado pelo CM.
António Joaquim alega ainda que nunca desconfiou do crime: “Ela [Rosa] parecia abalada. E eu sempre pensei que o Luís tinha sido atropelado”.
Relativamente à arma utilizada para matar Luís Miguel Grilo, António Joaquim garante que a arma estava em sua casa e que não sabe como Rosa a “tirou”, acrescentando ainda que o crime foi cometido pela amante.
“Foi tudo sem que soubesse”, garantiu.
O ex-funcionário judicial garante ainda que não sabia manusear armas.
Recorde-se que, António Joaquim e Rosa Grilo, em prisão preventiva, são suspeitos do homicídio de Luís Miguel Grilo. Segundo a versão de Rosa Grilo, o marido terá sido morto por “dois angolanos e um branco” por causa de “diamantes”.
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