um fenómeno que levou a que nos últimos 20 anos se realizassem vários estudos, uns sobre os motivos sociais por trás da prática, e outros que exploraram até o lado médico da amputação do órgão genital que, como sublinhou o the guardian, terá começado na década de 70 do século passado.
o diário britânico diz até que a prática «tornou-se moda» na tailândia. «a mulher tailandesa sentia-se tão humilhada que esperava até que o seu marido adormecesse para rapidamente cortar o seu pénis com uma faca de cozinha», escreve, ao citar um estudo de 1983.
existirá até um famoso ditado popular no país, do adágio masculino, onde se diz: «é melhor ir para casa se não o pato terá algo para comer».
e o porquê de um pato? pois outra das práticas do fenómeno seria atirar rapidamente o órgão dilacerado pela janela fora e, na tailândia, muitas famílias alojam porcos, galinhas ou patos em caves ou áreas situadas por baixo da sua casa, e seriam os animais a ‘apanhar’ o que quer que fosse atirado pela janela.
em 1998, outro estudo concluiu que o fenómeno se devia, sobretudo, «à humilhação pública que a mulher sentia quando o seu marido tinha uma ‘segunda mulher’ ou amante». um outro, mais recente, escreveu em 2008 que até «as mulheres encorajavam-se mutuamente a cometer o acto», classificando-o até como «uma epidemia».
até há espaço para (mais uma) curiosidade: nenhum dos homens afectados alguma vez apresentou queixa contra a sua mulher.
a notícia do the guardian não adianta números em termos de ocorrência de casos. contudo, e ao se falar em epidemia, a quantia deverá ser considerável.
sol