Theresa May quer garantias adicionais e reúne-se com líderes europeus

A primeira-ministra do Reino Unido vai reunir-se com Mark Rutte, Angela Merkel , Donald Tusk e Jean-Claude Juncker e vai participar no Conselho Europeu sobre o Brexit

Theresa May quer garantias adicionais e reúne-se com líderes europeus

Com a votação do acordo para o Brexit adiada, Theresa May inicia esta terça-feira uma ronda de reuniões e encontros para tentar renegociar com os líderes europeus a saída do Reino Unido da União Europeia, com o objetivo se aproximar também dos Conservadores e conseguir aprovar o acordo.

O percurso de negociações começa em Haia com uma reunião com Mark Rutte, o primeiro-ministro holandês. May cancelou a reunião do Conselho de Ministros para poder encontra-se com o seu homólogo e com Angela Merkel, chanceler alemã, com quem tem uma reunião marcada ao final da tarde e com quem falou pelo telefone esta segunda-feira antes de anunciar o adiamento da votação.

Reuniões com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também fazem parte da agenda da primeira-ministra britânica. May deverá regressar a Londres na quarta-feira para responder às questões dos deputados, voltando a Bruxelas na quinta e sexta-feira para participar no Conselho Europeu cujo tema será o “Brexit”.

A decisão de adiar a votação do acordo, anunciada esta segunda-feira, foi tomada depois de ouvir “muito atentamente o que foi dito” tanto na Câmara dos Comuns como fora dela, disse Theresa May. Um dos principais pontos de discórdia existentes no acordo que irá permitir a saída do Reino Unido da União Europeia é a fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, uma solução conhecida como ‘backstop’ e que foi criada para evitar a imposição de uma nova fronteira física entre os dois países.

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A primeira-ministra britânica não se comprometeu com uma data para o regresso às votações dizendo que “até as discussões começarem, não é possível dizer quanto tempo vai ser necessário”. No entanto, do lado da Europa não existe intenção de renegociar o acordo