Morreu a semente de algodão que brotou na Lua

A Agência Nacional Espacial da China afirma que esta experiência permitiu obter “imensa quantidade de informação valiosa”

A primeira semente a brotar no lado oculto da Lua não sobreviveu ao início noite lunar. Quando a sonda Chanh’e 4 entrou em modo de poupança de energia, a planta acabou por morrer devido às baixas temperaturas.

As fotografias que tinham sido difundidas na passada terça-feira – em que a semente de algodão começava a brotar – tinham sido tiradas no domingo, quando a nave ainda não estava em modo de poupança de energia.

O nascimento da planta, tendo em conta as temperaturas acima dos 100 graus Celsius que marcam os dias lunares, foi um inédito. Já durante a noite, que dura 14 dias terrestres, as temperaturas podem chegar aos 170 graus negativos.

A sonda Chang’4 aterrou na Lua no passado dia 3 de janeiro com o objetivo de criar uma “míni biosfera simples” no lado oculto do satélite natural, segundo avança a agência oficial Xinhua. Os primeiros testes vão ser feitos com semente de algodão, colza (uma planta usada para fabricar óleos), batata e Arabidopsis (planta usada em estudos genéticos), por se tratarem de sementes capazes de nascer em ambientes com baixos valores de força gravitacional.

Segundo a Agência Nacional Espacial da China (ANEC), esta experiência permitiu obter uma “imensa quantidade de informação valiosa”. Quanto ao impacto na superfície lunar, a ANEC garante que não haverá qualquer dano no ambiente lunar uma vez que os organismos se decompõem gradualmente no recipiente em que foi realizada a experiência.