O parlamento britânico vai debater e votar um plano alternativo de saída negociada da União Europeia (UE) no dia 29 de janeiro. A primeira-ministra britânica, Theresa May, é forçada a apresentar uma moção com alternativas até segunda-feira, 21 de janeiro.
A proposta inicial, fruto de quase dois anos de negociações entre a UE e o governo conservador, foi chumbada pelo parlamento britânico no início desta semana. A votação foi a derrota mais expressiva de qualquer governo britânico na história moderna – 432 votos contra 202.
Segundo Andrea Leadson, líder dos conservadores da Câmara dos Comuns, "um dia inteiro de debate da proposta terá lugar dia 29 de janeiro, sujeita à aprovação do parlamento". May já iniciou uma ronda de reuniões com os líderes dos partidos parlamentares, tal como por si prometido após o seu acordo ser derrotado, para tentar negociar a passagem do seu plano alternativo, cujos contornos são ainda desconhecidos.
Entretanto, a líder britânica já se encontrou com a líder dos seus aliados do Partido Unionista Democrático (DUP), Arlene Foster, e tem marcadas reuniões com os nacionalistas escoceses e galeses, tal com os Liberais Democratas.
No entanto, a primeira-ministra enfrenta uma tarefa complicada, face à lista de reinvindicações colocadas pelas restantes forças políticas. O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou May de não mostrar "boa-fé" e recusou a reunir com a primeira-ministra até que esta coloque fora de questão uma saída não-negociada da UE, que o líder trabalhista considera que seria "desastrosa".
Editado por Sónia Peres Pinto