Marca de cerveja portuguesa está a ser acusada de racismo no Brasil devido a campanha publicitária

Campanha era dirigida à África do Sul, mas foi o Brasil que mais reagiu

Marca de cerveja portuguesa está a ser acusada de racismo no Brasil devido a campanha publicitária

Uma campanha publicitária de cerveja portuguesa está a ser acusada de racismo no Brasil. Em causa está a frase “os portugueses são conquistadores, gostam de deixar marca por onde passam” que acompanha o mapa de África na campanha dirigida à África do Sul.

A imagem da campanha mostra ainda um copo de cerveja e é nele que se vê o continente africano por entre a espuma.

A Quinas, a marca em questão, tinha a África do Sul como alvo da campanha, mas foi do Brasil que chegaram grande parte das reações, relembrando, entre várias críticas, a forma como Portugal conquistou alguns países através da força e da escravidão.

“Vocês não tem nada do que se orgulhar em relação a seu passado colonialista e assassino. Pegou muito, muitíssimo mal essa publicidade”, lê-se num dos comentários feitos através do Facebook.

“A cerveja já vem lavada de sangue ou somente quando chegar ao continente africano?”, lê-se noutro.

Mas os comentários não ficaram por aqui.

“A gente tenta conviver em paz com os portugueses, mas eles não deixam”, defendeu uma utilizadora.

Ainda assim, houve quem defendesse a marca e a campanha em questão.

“Parabéns pela ideia. Apenas analfabetos funcionais que não conhecem nem valorizam o próprio passado reclamam de tamanha criatividade”, escreveu um dos internautas.

Devido à polémica gerada pela campanha, a Quinas decidiu emitir um comunicado.

“Em momento algum, a Quinas, quem desenvolveu a criatividade e quem a aprovou, quis ofender ou despertar sentimentos como os que temos visto nos comentários que têm sido postadas na página de Facebook da marca. Em momento algum, se quis fazer analogias com o passado histórico ou ligações ao colonialismo. Procurar e forçar essas ligações parece-nos demasiado forçado e comentários como os que temos recebido desproporcionados pelos conteúdos e agressividade dos mesmos”, lê-se na nota citada pelo Observador, que acrescenta ainda que a marca garantiu que irá manter a campanha em questão.