Ratos e baratas nas instalações da Conservatória dos Registos Centrais em Lisboa

Trabalhadores dizem que tal resulta de um “inexplicável desinvestimento nas instalações, quando o IRN,IP fatura 600 milhões de euros por ano”

Os trabalhadores dos Registos e do Notariado alertaram esta sexta-feira para a falta de condições na Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa.

Num comunicado enviado à redação, os funcionários enunciam as condições em que trabalham: “Ventilação e de climatização deficientes, ausência de limpeza, falta de saídas de emergências e de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, bem como arquivos espalhados por todo o lado que impedem a livre circulação dos funcionários, instalações elétricas descarnadas em risco de acidente, níveis de ruído constantes e elevadores sem segurança”.

“Na cave, o cenário é de terceiro mundo: ar irrespirável, resultado das poeiras acumuladas em processos com mais de 40 anos, livros com mais de 100 anos, cobertos de pós e bolores (aglomerados constituídos por fungos, mofo, poeiras, ácaros, etc…), humidade, baratas, ratos e infiltrações de esgotos”, acrescentam.

Os trabalhadores revelam que, a pedido dos funcionários, uma unidade de Saúde Pública deslocou-se ao local. É esperado agora um relatório sobre as condições em que vivem. Afirmam que o edifício chegou a este estado devido ao “inexplicável desinvestimento nas instalações, quando o IRN,IP fatura 600 milhões de euros por ano, da total indiferença dos responsáveis e da desresponsabilização de quem tem a obrigação de garantir as condições de segurança e higiene no trabalho”.