IPO impediu mulher de acompanhar mãe nas últimas horas de vida

A ERS refere que a situação revela “uma falta de humanização e respeito nos cuidados prestados à utente

IPO impediu mulher de acompanhar mãe nas últimas horas de vida

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) acusou o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) de “falta de humanização”, depois de uma queixa de uma mulher que se viu impedida de acompanhar a mãe que estava internada em estado terminal.

O caso diz respeito a uma reclamação que “versa sobre questões relacionadas com o direito de acompanhamento em fim de vida, no serviço de Oncologia Médica", refere a ERS.

Segundo o relatório da entidade, datado de novembro de 2018, a mulher foi impedida de passar a noite no quarto da mãe, uma “idosa com patologia oncológica em estado clínico muito grave e em risco de vida, vindo a falecer poucos dias depois”. Desta forma, o regulador de saúde considera que o comportamento do IPO foi ilegal e demonstrou "total desrespeito pela legislação em vigor".

A ERS refere que a situação revela “uma falta de humanização e respeito nos cuidados prestados à utente", acrescentando ainda que o IPO chegou a ameaçar recorrer às forças de segurança "caso a utente não acatasse uma decisão, ademais, contrária ao legalmente previsto".