Sistema eletroprodutor do Tâmega já envolve 1800 trabalhadores

Para já, 45 por cento da obra, a nível global, está terminada, o que segue o programa previsto, com a central hidroelétrica de Gouvães subterrânea e a albergar quatro turbinas reversíveis com 220 megawatts cada.

A obra do sistema eletroprodutor do Tâmega, a cargo da Iberdrola, envolve já cerca de 1.800 trabalhadores de forma direta, entre os quais perto 370 com origem nos municípios em volta do projeto, tendo como um dos seus lemas, “um compromisso local, uma visão global”.

Há mais de 75 empresas portuguesas, das quais 30 são locais a participar ou já participaram no projeto, diretamente contratadas pela Iberdrola, enquanto outras foram contratadas por empreiteiros, segundo revelaram esta quarta-feira os responsáveis da Iberdrola, na região do Tâmega, numa visita ao seu maior investimento em Portugal, sendo que a empresa contínua a promover a utilização de energia cem por cento verde e a contribuir para o objetivo de descarbonização da economia.

Em desenvolvimento desde 2014, o Sistema Eletroprodutor do Tâmega, que consiste em três aproveitamentos hidroelétricos (de Gouvães, de Daivões e ainda do Alto Tâmega), encontra-se muito próximo de metade da obra concluída, como foi hoje testemunhado por jornalistas, estando previsto que esse marco seja alcançado durante o mês de abril.

Para já, 45 por cento da obra, a nível global, está terminada, o que segue o programa previsto, com a central hidroelétrica de Gouvães subterrânea e a albergar quatro turbinas reversíveis com 220 megawatts cada.

Aqui, o progresso do aproveitamento é de 55 por cento, estando o início da operação comercial previsto para dezembro de 2021 e continua a ser feita a betonagem dos diversos elementos da obra, como as cavernas da central (já superou metade do volume de betão), a caverna de transformadores, o poço de cabos, as galerias de aspiração e as barras. Continua também a avançar a montagem da conduta forçada, onde já foram instaladas 5.500 toneladas de aço de um total de 11.000 toneladas.

Três câmaras espirais já chegaram

Entretanto, já chegaram à obra três das quatro câmaras espirais, que fazem parte das turbinas e espera-se receber a última no princípio de abril.

Já no Aproveitamento Hidroelétrico de Daivões, cujo início de operação também está previsto para dezembro de 2021, a barragem tem já colocado cerca de 60 por cento do volume total de betão (242.000 m3), prevendo-se que a betonagem esteja terminada no final do verão.

Quanto à bacia de dissipação, 10 por cento do betão já foi colocado e, na central hidroelétrica, a fase de betonagem encontra-se a 25 por cento, decorrendo em simultâneo com a montagem dos equipamentos, como as câmaras espirais.

Os circuitos hidráulicos estão a ser revestidos a betão armado, estando essa ação concluída a 15 por cento no rio, a jusante da barragem, estão em curso algumas intervenções, como o reperfilamento do rio e da pista de pesca, trabalhos que estarão concluídos no final do verão do próximo ano.

Rumo à energia verde

No aproveitamento hidroelétrico de Alto Tâmega, cujo início dos trabalhos teve lugar em março de 2017, está colocado em serviço, desde outubro do ano passado, o túnel de desvio do rio, com uma extensão de 250 metros.

Das estruturas definitivas do empreendimento, está concluído o túnel de acesso à central (480 metros), assim como as escavações e contenções da barragem, tomada de água e descarregadores laterais.

Já as escavações e contenções da central estão com um desenvolvimento de 86%, num volume acumulado de 55.000 m3 e o aproveitamento hidroelétrico de Alto Tâmega tem a conclusão dos trabalhos civis prevista para 2021, iniciando-se nesse ano os trabalhos de montagem das duas turbinas da central, enquanto a operação comercial está prevista para dois anos depois, isto é, em 2023.

Até 2023, terá sido concluído o investimento total previsto de 1.500 milhões de euros, dos quais mais de 50 por cento foram investidos até ao final de 2018 (770 milhões de euros).

Este projeto, com uma potência instalada de 1.158 megawatts, representará, quando construído, 6% da potência instalada em Portugal. Para além disso, evitará a importação de mais de 160.000 toneladas de petróleo por ano e a emissão de mais de 1,2 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Iberdrola, líder global em energia

A Iberdrola é líder global em energia, a principal produtora de energia eólica e uma das maiores empresas de energia elétrica do mundo por capitalização de mercado e o grupo está presente em diversos países e fornece energia para quase 100 milhões de pessoas, principalmente, em Espanha, no Reino Unido (ScottishPower), nos Estados Unidos (AVANGRID), no Brasil (Neoenergia) e no México.

Com uma força de trabalho de 34.000 pessoas e ativos superiores a 113.00 milhões de euros, registou um volume de faturação de 35.075,9 milhões de euros e um lucro líquido de 3.014 milhões de euros em 2018.

A Iberdrola lidera a transição energética para um modelo sustentável, através de investimentos em energias renováveis, redes inteligentes, armazenamento de energia em larga escala e transformação digital para oferecer os produtos e serviços mais avançados aos seus clientes.

Graças à sua aposta nas energias limpas, é uma das empresas que regista menores emissões e uma referência internacional pela sua contribuição para a luta contra as alterações climáticas e para a sustentabilidade