Transportes públicos. Compensações foram de 9,7 milhões de euros

Em nove anos, os municípios gastaram 564 milhões de euros, o que dá uma média anual de 237 mil euros.

As compensações financeiras pagas aos operadores pelo transporte público de passageiros foram de 9,7 milhões de euros em 2017. Ainda assim, este valor representa uma redução de 94% face ao atribuído em 2009 quando se fixou em 172,2 milhões de euros, revelou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com o relatório, no mesmo período, verificou-se um aumento na ordem dos 51% no montante das compensações tarifárias – geralmente relativas à atribuição de descontos ou bonificações em tarifas -, de 22,2 milhões de euros para 33,5 milhões de euros.

Já em relação à administração local, o financiamento do serviço público de transporte de passageiros regular representou uma despesa de cerca de 806 milhões de euros entre 2009 e 2017, à taxa de crescimento anual composta de 2,4%, “o que corresponde a uma média anual de cerca de 90 milhões de euros”.

Gastos das autarquias

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes revelou também que cerca de 70% dos 806 milhões gastos pelas autarquias são destinados ao transporte escolar (passes escolares e circuitos especiais). Feitas as contas. os municípios gastaram, em  nove anos, 564 milhões de euros, o que dá uma média de cerca de 237 mil euros por ano e por município.

Os contratos de serviços públicos, as indemnizações compensatórias e outros montantes são as outras categorias com maior peso na despesa de base local (respetivamente, 96 milhões, 59 milhões e 68 milhões de euros, num total de 223 milhões de euros).

Os dados foram recolhidos junto de entidades da Administração Pública central, relativamente aos modos de transporte ferroviário, rodoviário e fluvial, bem como junto dos operadores de transporte público de passageiros, nos modos rodoviário e fluvial, no que se refere aos pagamentos efetuados para financiamento do serviço público de transporte de passageiros regular.

Devido à dificuldade que teve em obter a informação junto de várias entidades, a AMT salientou a necessidade de serem definidos “procedimentos claros e sistemáticos de troca de informação entre as diversas entidades públicas competentes” e “clarificação de conceitos legais”, de forma a “tornar o controlo de compensações concedidas às entidades mais eficaz, rigoroso e integrado”.