O Hospital das Forças Armadas (HFAR) está a viver uma nova etapa da sua vida; para conhecimento geral, trazemos alguns factos que merecem divulgação e aplauso.
Uma intervenção direta do almirante chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) conduziu a uma ‘depuração’ interna, a que se seguiram (estando ainda em curso) uma inspeção/auditoria pela Inspeção Geral da Defesa Nacional e outra do Tribunal de Contas.
Para além dos conselhos e avisos sempre necessários, esperamos que desta vez os resultados de natureza criminal (se os houver) sejam comunicados de imediato ao Ministério Público, como determina a lei, até porque esta entidade em breve poderá por ali aparecer…
Começam, pois, a estar reunidas as condições para que o ‘ambiente de trabalho’ se altere profundamente, face às grandes dificuldades que a ausência de direção tem provocado.
Neste âmbito, temos de destacar os Despachos 4615/2019 e 4612/2019 de 16 de abril p.p., ambos do CEMGFA, que clarificam as competências (delegadas) no diretor de Saúde Militar e na diretora do HFAR, mas especialmente os Despachos 065/CEM GFA/2019 (nomeações no HFAR) e 048/CEMGFA/2019 (implementação de propostas no HFAR), ambos de 17 de abril p.p.
Também no setor do investimento registamos com muito agrado a resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2019, de 28 de março. Esta, no seu preâmbulo, considera «importante dotar o HFAR/Polo de Lisboa de uma estrutura de saúde atualizada e que garanta um elevado padrão de qualidade dos serviços prestados, pelo que se inclui também este estabelecimento hospitalar entre o investimento a definir, como medida determinante para o seu melhor funcionamento».
Esta resolução atribui 5.8 milhões de euros (3 em 2019 e 2.8 em 2020) ao HFAR/Polo Lisboa, num Programa de Investimentos de 90 milhões de euros na saúde. Isto, se Centeno não voltar a ‘atacar’…
Estamos, finalmente, no caminho da recuperação do investimento aprovado pelo Governo anterior e que os ‘centenários’ cortes tinham congelado; mas também é muito importante o reconhecimento do HFAR como integrante da rede geral do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Sobre este, aguardamos com ansiedade a resolução (já tardia) de algumas disparidades existentes entre os subsistemas ADSE e SAD/GNR no tratamento dos utentes da ADM/Forças Armadas, designadamente na área dos Cuidados Respiratórios Domiciliários. O que está a passar-se é inadmissível, face a dualidade de critérios adotados para um mesmo assunto.
Será assim que se converge com a ADSE?
Contagiados, talvez, por estes acontecimentos – e no sentido de ativamente ajudar no crescimento e manutenção do HFAR -, um grupo de militares lançou mãos à criação da Liga dos Amigos do Hospital das Forças Armadas (LAHFAR)
Tanto quanto conseguimos apurar, foi já criada uma comissão instaladora constituída por militares na reserva e reforma, apoiada por um secretariado executivo. Terá por missão preparar os futuros Estatutos da LAHFAR e ativar a inscrição de ‘Amigos’, criando condições para que possam realizar-se eleições de corpos diretivos e apresentar a Liga no início do Outono do corrente ano. Da iniciativa foi dado conhecimento ao CEMGFA.
Dada a sua importância, saudamos e incentivamos a que ‘todos’ se tornem Amigos do HFAR.
Logo que tenhamos mais notícias sobre os objetivos, desenvolvimento e calendário de progresso, divulgá-las-emos.
*Major-General Reformado