Mexia. “A EDP ou constrói ou é indemnizada”

CEO da EDP está no Parlamento e descartou qualquer responsabilidade no avanço das obras da barragem do Fridão.

O Governo e a EDP não se entendem em relação ao futuro da barragem do Fridão.

Esta quarta-feira, António Mexia, CEO da EDP, foi ao Parlamento apontar o dedo ao Governo e descartar qualquer responsabilidade de não avançar com as obras para a barragem.

“A EDP sempre esteve disponível e nunca considerou não construir sem ser ressarcida. Quisemos encontrar uma solução alternativa. A decisão da construção ou não da barragem do Fridão é exclusiva do Governo. A EDP ou constrói ou é indemnizada”, disse António Mexia, referindo-se aos 218 milhões de euros que a empresa já pagou pela concessão da barragem.

O CEO da EDP acrescentou ainda que “desde a adjudicação provisória, em dezembro de 2008, e durante todo o processo, a EDP cumpriu integralmente as suas obrigações decorrentes do Contrato de Implementação”.

Recorde-se que a polémica teve início do mês de abril quando o ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, disse que a EDP não deverá ter direito a indemnização, uma vez que chegou a mostrar desinteresse pela construção da barragem.

As declarações tiveram direito a reação quase imediata com a empresa a garantir que “em nenhum momento a EDP admitiu a possibilidade de não avançar com a construção do AH Fridão sem que lhe fosse devolvido o montante pago ao Estado como contrapartida financeira pela sua exploração por 75 anos”.