memória de um povo, que é acompanhado de um cd com o cantar dos reis de 1982, reúne advinhas, lengalengas, expressões, pragas, contos, provérbios daquela região.
«todo o contexto do livro são tradições que não se conhece quando e de onde vieram e que foram transmitidas de geração em geração» atestou isabel silvestre.
a autora salientou que «há ainda muito para recolher» e que o seu sonho «é poder um dia criar uma fundação-museu que apoie e divulgue este trabalho de recolha e dinamização e o estimule».
na opinião de isabel silvestre, «mais do que um registo, este livro é uma transmissão para os mais jovens».
«passar o testemunho às novas gerações» é uma das condições que isabel silvestre reputa de essencial, «para que não se perca a identificação das terras».
explicou que manhouce «situa-se em pleno coração da serra da gralheira e durante anos esteve isolada», o que permitiu que se mantivessem intactas tradições de séculos.
actualmente, isabel silvestre ensina um grupo de raparigas, entre os 10 e os 15 anos, «a cantar manhouce». este grupo estará hoje às 21 horas no palácio do gelo, em viseu, onde acontecerá a sessão de apresentação do livro.
lusa/sol