Leilão de energia solar com 64 candidatos e procura a superar a oferta

Investimentos privados deverão rondar entre os 800 e os mil milhões de euros, segundo as contas do ministro.

O concurso para o leilão de energia solar teve 64 entidades candidatas, tendo a procura superado a oferta em nove vezes, o que deverá fazer descer o preço fixado. A garantia dada pelo ministro do Ambiente e Transição Energética. “Vamos agora iniciar o leilão, isso são muito boas perspetivas, desde logo de preço. Tínhamos um preço máximo de 45 euros por MW/hora e virá por aí abaixo. Isto significa eletricidade produzida a preços mais baixos, significa ganhos para todas as empresas e todos os consumidores domésticos”, afirmou Matos Fernandes à margem da conferência “O papel do financiamento sustentável”.

De acordo com o governante, a competição pelos 1.400 Megawatt (MW) de capacidade instalada dá boas indicações para a redução do preço, com benefício para os consumidores. E dos 24 locais a leilão, haverá leilões em 22, com cada um a ter cerca de 10 candidaturas.

No entanto, houve ainda um lote (Alcobaça/Batalha) que não recebeu candidaturas e outro local apenas houve um concorrente. Neste último caso, será fixado o preço médio dos 22 lotes que vão a leilão e perguntado ao concorrente se quer ou não ficar com esse lote ao preço médio.

Já em relação ao montante a aplicar pelos investidores privados, o governante estimou que irá rondar entre 800 e mil milhões de euros.

Matos Fernandes esclareceu também que depois da apresentação das candidaturas ao leilão serão agora avaliadas para verificar se cumprem todos os critérios, em que a expectativa é de que o leilão esteja concluído até 10 de agosto. O ministro foi disse ainda que este leilão significa boas perspetivas para o compromisso de até 2030 Portugal ter “80% da eletricidade produzida com origem em fontes renováveis, com crescimento do solar”.

Sobre as candidaturas, afirmou que entre os concorrentes “estão todos” os investidores que operam em Portugal, assim como investidores estrangeiros. Portugal tem hoje uma capacidade instalada de energia solar de apenas 700 MW, metade do que está agora a ser leiloado.

Recorde-se que, irá ser lançado um segundo leilão em janeiro de 2020, com 700 MW.