Vila de Rei. Autoridades encontram artefactos explosivos

Descobertas fazem aumentar suspeitas de mão criminosa nos incêndios.

As autoridades encontraram vários artefactos explosivos em diversas zonas do concelho de Vila de Rei, em Castelo Branco, zona que está a ser afetada por incêndios desde sábado, avança a SIC Notícias.

As imagens fazem aumentar as suspeitas de fogo posto, dúvidas que, aliás, já tinham sido colocadas pelo presidente da Câmara Municipal da Sertã, José Farinha Nunes, ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O autarca local estranha que tenham deflagrado cinco incêndios em apenas uma hora.

O presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa garantiu este domingo que, enquanto os incêndios estiverem a lavrar, não vai visitar nenhuma das localidades afetadas, à semelhança do que fez nos incêndios de 2017.

"Tenho estado em contacto com o senhor ministro da Administração Interna e com os presidentes dos três municípios que ainda hoje têm problemas. Como sabem, o ano passado, tomei a decisão, com base no relatório da Comissão Parlamentar Independente, de não visitar nenhuma zona de combate aos fogos enquanto durar esse combate e já disse aos presidentes que, concluídas as operações, e quanto mais depressa melhor, lá irei", prometeu o Presidente.

Questionado sobre as críticas do presidente de Mação, Vasco Estrela, que acusa a falta de meios no terreno, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a referir que vai fazer o mesmo que fez em anos anteriores: "Quanto a isso, eu tenho a mesma posição que tomei em anos anteriores. No momento em que se está a combater o fogo, essa é a prioridade, é o que importa nesta ocasião. Haverá tempo depois para fazer balanços, comparações e retirar lições mas, agora, a prioridade muito clara é que haja uma normalização de uma situação que está a atingir tantas populações".

Neste momento (19h37), o site da Autoridade Nacional da Proteção Civil revela que estão ativos, em todo o território nacional, 29 incêndios, que mobilizam quase 1890 bombeiros, acompanhados por 550 viaturas e ainda 18 meios aéreos.

Os casos mais preocupantes estão a ser registados em Mação, no distrito de Santarém e em Vila de Rei e Sertã, no distrito de Castelo Branco. Na aldeia de Sarnadas, em Mação, já arderam três habitações.

A União Europeia já prometeu que “está pronta para aumentar a sua assistência”, caso Portugal solicite.

Recorde-se que o último balanço dá conta de vinte pessoas feridas: oito bombeiros e 12 civis.