Antigo diretor do Mosteiro de Alcobaça acusado de roubar rosácea do túmulo de D. Pedro I

A peça estava desaparecida desde 2005 e foi recuperada em janeiro deste ano

Rui Rasquilho, diretor do Mosteiro de Alcobaça entre 28 de junho de 2005 e 31 de julho de 2008, está acusado do crime de peculato pelo Ministério Público (MP). De acordo com uma nota publicada no site oficial da Procuradoria da República da Comarca de Leiria, o alegado criminoso aproveitou-se da função que exercia e apoderou-se “de uma peça de escultura que reproduz a roda da vida, do escultor António Augusto da Costa Motta, denominada ‘rosácea do túmulo de D. Pedro’, a qual tem elevado interesse histórico e pertence ao Estado português”.

Sublinhe-se que, tal como foi noticiado pelo Jornal de Leiria a 14 de fevereiro deste ano, a escultura estava desaparecida desde 2005 e foi somente recuperada no final de janeiro, pela Polícia Judiciária, constituindo um “objeto de arte com valor histórico e artístico”. Segundo informação veiculada pelo órgão de comunicação mencionado, a rosácea encontrava-se “na residência de uma terceira pessoa, a quem o arguido tinha pedido que a guardasse”. É de realçar que Rasquilho nega qualquer tipo de envolvimento nos factos criminosos.

O inquérito foi dirigido pelo MP da 1.ª secção das Caldas da Rainha do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, com a coadjuvação do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ.