Huawei. “É um momento de vida ou morte”, diz fundador

 Numa nota aos trabalhadores deu duas soluções: ou exploram novas soluções e têm possibilidade de prosperar dentro da empresa ou vão sentir cortes no salário de três em três meses, podendo mesmo ser despedidos.

O momento é de “vida ou morte” para a Huawei. O alerta foi dado pelo fundador da empresa numa carta interna, onde deu um recado aos trabalhadores: ou exploram novas soluções e têm possibilidade de prosperar dentro da empresa – criando “esquadrões de comando” – ou vão sentir cortes no salário de três em três meses, podendo mesmo ser despedidos.

Esta mensagem de Ren Zhengfei surge depois de o Governo norte-americano ter prolongado por 90 dias as isenções que permitem ao grupo Huawei continuar a fazer negócios nos no mercado norte-americano. Em maio, os EUA consideraram que o grupo chinês de telecomunicações representava uma ameaça à segurança nacional e, como tal, queriam banir a empresa do país. No entanto, acabaram por conceder isenções temporárias a determinadas empresas norte-americanas que negoceiam com o grupo chinês, permitindo-lhes vender alguns produtos ou mudarem de fornecedores.

“Há mais 90 dias para as empresas de telecomunicações norte-americanas, incluindo algumas empresas rurais, que dependem da Huawei”, explicou Ross em declarações na Fox Business. “Vamos dar-lhes mais tempo para se separarem”, acrescentou.

Horas antes, a China tinha pedido a Donald Trump que “cumprisse os seus compromissos” e permitisse que empresas norte-americanas continuem a fazer negócios com o grupo chinês de telecomunicações, lembrando que isso tinha sido acertado durante um encontro com o Presidente da China, Xi Jinping, à margem da cimeira do G7, no Japão.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, considerou que uma quebra daquele compromisso afetaria a "reputação e credibilidade" de Washington.