Gás. Mercado liberalizado conta com 1,2 milhões de clientes

Clientes residenciais representam 93% do total deste mercado. Galp continua a ser o principal operador.

O mercado liberalizado (ML) de gás já atingiu 1,2 milhões de clientes. O número de clientes aumentou cerca de 4% em maio face a maio do ano anterior e de 0,4% face a abril de 2019. Os dados foram revelados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e diz que, “após um período de aceleração das migrações para o regime de mercado, desde maio de 2018 que o crescimento do número de clientes no ML registou uma taxa média mensal de aproximadamente 0,4%”. A grande concentração está nos clientes residenciais (93% do total de clientes).

De acordo com o regulador, a Galp Energia reforçou em maio a posição de liderança no abastecimento de gás natural no mercado livre, vendo a sua quota no volume de gás comercializado fixar-se em 61,3%, acima dos 60,4% registados em abril. A Gas Natural Fenosa manteve a segunda posição como maior comercializador de gás natural no mercado livre, ainda assim, registou uma queda de 13,1% para 12,5% entre abril e maio. A Endesa conta com 11,6% e a EDP com 10%.

No entanto, por número de clientes, cabe à EDP a liderança, com uma quota de 54,1% do total de pontos de consumo de gás natural (ligeiramente abaixo dos 54,4% de abril), que reflete a aposta que a empresa fez sobretudo no mercado doméstico (que tem mais contratos, mas com menor volume de consumo do que o segmento industrial). O segundo operador por número de clientes é a Galp, cuja quota se fixou em 23,8% em maio. A terceira posição é da Goldenergy, que fechou maio com 11,8% dos contratos de gás natural em Portugal.

Em termos de volume abastecido, a Galp lidera o segmento de grandes consumidores, com uma posição de 65,6%, e o de clientes industriais (56,6%), enquanto a EDP está à frente nos segmentos de pequenas e médias empresas (49% de quota) e de clientes residenciais (53,6%).

Segundo a ERSE, no mês de maio os operadores em destaque na captação de clientes foram a Iberdrola (que concentrou 43% do número de clientes que mudaram de fornecedor) e a Galp (concentrando 77% do volume de abastecimento que mudou de comercializador).