Governo brasileiro recusa 18 milhões de euros do G7 para combater incêndios na Amazónia

“Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa. Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio numa igreja que é património da humanidade e quer ensinar o quê ao nosso país? Ele tem muito que cuidar em casa e nas colónias francesas”, disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni ao G1.

O Brasil recusou a ajuda de cerca de 18 milhões de euros, oferecida pelo G7, para combater os incêndios na Amazónia. "Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa. Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio numa igreja que é património da humanidade e quer ensinar o quê ao nosso país? Ele tem muito que cuidar em casa e nas colónias francesas", disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni ao G1.

Recorde-se que o presidente francês Emmanuel Macron tem sido um crítico ativo de Jair Bolsonaro e do seu governo e tem mostrado preocupação com  a situação vivida na floresta da Amazónia, que representa 20% do oxigénio mundial. 

Na visão de Lorenzoni, os países industralizados têm segundas intenções com a ajuda monetária e considera que Macron tem intenções "colonialistas" para com o Brasil. "O Brasil é uma nação democrática, livre e nunca teve práticas colonialistas e imperialistas como talvez seja o objetivo do francês Macron", acrescenta o ministro da Casa Civil.

Jair Bolsonaro também se mostrou contra o apoio do G7. "Será que alguém ajuda alguém, a menos que seja pobre, sem retorno? Isto é, sem esperar por algo em troca", questionou Bolsonaro, junto à entrada do Palácio da Alvorada.