Franceses continuam a liderar compra de imóveis em Portugal

Franceses foram os que mais compraram casas em Portugal no primeiro semestre deste ano. Segue-se o Reino Unido, Brasil, Alemanha e China.

Os franceses foram os estrangeiros que mais investiram no mobiliário em Portugal nos primeiros seis meses deste ano. As estimativas apuradas pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) revelam que as compras francesas representam 21%. Seguem-se o Reino Unido e o Brasil, ambos com a mesma representatividade (18%), a Alemanha (9%) e a China (7%).

“Os franceses continuam no top dos que mais investem no imobiliário português”, avança Luís Lima, presidente da APIMED. “Não há dúvida de que esta rota veio para ficar e acentua-se a diversificação deste investimento, que não se centra apenas nas principais cidades. Com o aumento de preços nos grandes centros urbanos, há uma procura cada vez mais acentuada em zonas de menor densidade populacional”, garante ainda o responsável.

No que diz respeito ao investimento britânico, apesar das dúvidas que ainda existem sobre o Brexit, o responsável considera que este mercado vá manter a sua representatividade.

“À data, aquando o referendo do Brexit, sentiu-se uma retração deste investimento, com receio do que o futuro poderia reservar. No entanto neste momento, tal não se verifica, uma vez que a representatividade britânica tem vindo a crescer no investimento imobiliário. Os ingleses estão neste momento à procura de outros cestos para colocar os seus ovos, e o imobiliário português continua a ser um porto seguro de investimento. Ao contrário do que se poderá verificar noutros setores de exportação, o imobiliário não deverá sentir com tanta intensidade os efeitos do Brexit”, explica Luís Lima.

Os dados da APIMED revelam ainda que as tipologias mais procuradas são os T3, com 46%, seguindo-se os T2 (37%) e os T1 (15%).

Em termos de representatividade, avança o gabinete, nos primeiros seis meses deste ano o investimento estrangeiro representou cerca de 16% do total das transações.