Novo Banco aumenta prejuízos para 572,3 milhões até setembro

A instituição financeira liderada por António Ramalho revelou que este agravamento é “decorrente da combinação de uma perda de 712,4 milhões de euros na atividade ‘legacy’ e de um ganho de 140,1 milhões na atividade recorrente”.

O Novo Banco aumentou os prejuízos em 46% nos primeiros nove meses do ano para 572,3 milhões de euros. Até setembro de 2018, as perdas tinham sido de 390,9 milhões de euros. 

A instituição financeira liderada por António Ramalho revelou que este agravamento é "decorrente da combinação de uma perda de 712,4 milhões de euros na atividade 'legacy' e de um ganho de 140,1 milhões de euros na atividade recorrente".

"Neste período, o Grupo Novo Banco registou perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius, o projeto Albatros, o projeto NATA II e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 391 milhões de euros".

O Novo Banco adianta, no comunicado enviado ao mercado, que o montante a pedir ao Fundo de Resolução no final do ano "dependerá das perdas e custos, das recuperações e das exigências de capital em vigor à data".

A instituição liderada por António Ramalho aumentou o produto bancário comercial em 11,5%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, para 631,2 milhões de euros.

A margem financeira aumentou também 22% nos primeiros três trimestres face ao mesmo período do ano passado, mas o serviço a clientes reduziu-se em 3% no período.

Já os resultados em operações financeiras registaram perdas de 44,3 milhões de euros até setembro de 2019, algo atribuído pelo Novo Banco às "perdas decorrentes da atividade 'legacy' [legado do BES]" em 54,6 milhões de euros.

Também em queda estiveram os custos operacionais do Novo Banco, que se reduziram em 0,5% para 361,8 milhões de euros, "reflexo das melhorias concretizadas ao nível da simplificação dos processos e da otimização de estruturas com a consequente redução no número de balcões e de colaboradores, tendo os custos da atividade 'legacy' apresentado uma redução significativa", de acordo com a instituição.