Altice reforça investimento e quer apostar nos serviços financeiros

Ainda não são conhecidos os parceiros, mas estão a ser dados passos para pedir autorizações. Meo prepara-se para apresentar áreas complementares às telecomunicações.

A Altice Portugal promete continuar a investir no mercado nacional. O CEO da operadora considera que está provado ovado que “o investimento faz sentido”, apontando que a aposta em zonas do país “onde mais ninguém investe” tem sido “reconhecido pelos autarcas, Governo e empresários”. Ao mesmo tempo, acena com investimentos em produtos e serviços que não fazem parte do “normal âmbito de atividade” da empresa. E dá como exemplo, os produtos financeiros.

“Os próximos três meses vão ser férteis em muitas novidades, muitos serviços e muitos produtos, fora do nosso normal âmbito de atividade”, revelou Alexandre Fonseca, num encontro com jornalistas esta quinta-feira, recusando-se, no entanto, a adiantar se será o Altice Bank. “Essa é uma área em que estamos a trabalhar, na área ativa de serviços financeiros”.

O responsável não adiantou quais serão os parceiros, mas em relação aos pedidos de autorização necessários garantiu que está a “caminhar nesse sentido”. De acordo com Alexandre Fonseca, “é um trabalho que tem vindo a ser feito, não é fácil”, recordando que o último banco com dimensão a entrar no mercado português foi o Banco CTT, o qual “demorou alguns anos a ser preparado”.

Mas as novidades não ficam por aqui. O CEO da operadora garantiu ainda que nos próximos três meses haverá “três ou quatro áreas novas para complementar” a oferta da empresa, fora do seu ecossistema.

“Estamos também a trabalhar em voltar a revolucionar a experiência de televisão e essa será dentro de poucas semanas que será anunciada”, acrescentou o presidente executivo.

O gestor explicou as novidades que a dona da Meo irá apresentar são “áreas complementares às telecomunicações” e “disruptivas por serem novos segmentos de mercado”.

A Altice Portugal espera alcançar a liderança em televisão, único segmento onde não lidera, “seguramente nos próximos seis meses”, referiu o administrador financeiro.

Estas apostas foram reveladas um dia depois da operadora ter apresentado resultados, onde revelou que as receitas atingiram os 536 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 2,1% face a igual período do ano passado e 2,8% quando comparado com o trimestre anterior. O incremento das receitas, controlo dos custos operacionais e o efeito do programa de saídas realizado no 1º trimestre justificam este aumento.