Maioria dos portugueses tem facilidade em ausentar-se do trabalho

Ausências estão relacionadas com motivos pessoais ou familiares, indica o Instituto Nacional de Estatística.

Mais de metade dos portugueses (67,6%) consegue ter facilidade em ausentar-se do local de trabalho por um curto período de tempo por motivos pessoais ou familiares, avisando na véspera ou no próprio dia. Esta é uma das conclusões do módulo ad hoc de 2019 do Inquérito ao Emprego sobre a “Organização do trabalho e do tempo de trabalho” levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O gabinete de estatística explica que esta percentagem sobe para 70,1% nos homens, registando uma queda (65,7%) entre as mulheres.

No que diz respeito a tirar alguns dias de férias planeados a curto raso, para cerca de 42,8% da população empregada é fácil fazê-lo. Esta percentagem sobre para 56,6% entre os trabalhadores por conta própria e diminui para 39,9% no que diz respeito aos trabalhadores por conta de outrem.

Já 63% da população empregada portuguesa, segundo o INE, revela que altera o seu horário de trabalho diário apenas pontualmente face às exigências do trabalho, dos clientes ou de superiores hierárquicos. Quem o faz com menor frequência são as mulheres com 66,4% contra 60,2% dos homens.

O gabinete de estatística indica ainda que cerca de 28,8% da população empregada afirma trabalhar sempre ou muitas vezes sob pressão de tempo, tendo de terminar tarefas e trabalhos ou tomar decisões dentro de prazos considerados insuficientes, o que se manifesta de forma semelhante por sexo (29,1% dos homens e 28,5% das mulheres).

Nos três níveis de escolaridade considerados pelo INE, a percentagem é maior entre aqueles que têm ensino superior (41,8%) e menor entre aqueles com escolaridade até ao ensino básico – 3º ciclo (18,6%).

Pouco mais de um terço da população empregada (34,1%) afirma ter total ou muita autonomia para decidir a ordem e o modo como executa as suas tarefas ou trabalhos, situação reportada por 35,9% dos homens e 32,4% das mulheres. Porém, 13,5% dos empregados refere ter pouca ou nenhuma autonomia.

No que diz respeito ao local de trabalho, mais de 2/3 dos portugueses que não trabalha em casa (68,7%) precisa de menos de 30 minutos para chegar às instalações do trabalho.