Ministério da Saúde junta-se a sindicatos e condena agressão a médica em hospital de Setúbal

A médica, de 65 anos, teve que ser sujeita a uma intervenção cirúrgica.

O Ministério da Saúde emitiu, este sábado, um comunicado onde “ reitera a condenação de todos os atos de violência, nomeadamente contra os profissionais que se encontram no exercício das funções assistenciais”.

A publicação desta nota surge na sequência da agressão que ocorreu, esta sexta-feira, a uma médica na Urgência do  Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

Também a Ordem dos Médicos (OM) já havia condenado este episódio, pedindo a “intervenção urgente” do Ministério da Saúde, do Ministério Público e de outras entidades, já que, considerando o ato “absolutamente inaceitável”, lembrou também é comunicado que a agressão configura um crime público.

"A nossa primeira palavra de solidariedade é para com a nossa colega violentada em pleno local de trabalho. Não é de todo aceitável que quem está a salvar vidas não veja a sua própria vida devidamente protegida", referiu na nota Miguel Guimarães, bastonário da OM, garantindo que “os casos de violência contra os profissionais de saúde estão a aumentar”.

Também o Sindicato Independente dos Médicos emitiu um comunicado afirmando que este episódio estava a “ser encarado por parte de alguns protagonistas do sistema de justiça com alguma ligeireza restituindo o agressor à liberdade e perpetuando o sentimento de impunidade".

Segundo o Correio da Manhã, a médica, de 65 anos, foi agredida por uma mulher de 25 ao dizer-lhe que esta não se encontrava grávida e que, por isso, deveria aguardar pelo exame na sala de espera. A médica teve que ser transportada para o Hospital de São José, onde foi sujeita a uma pequena cirurgia oftalmológica.

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