Depois de agressões, médicos avançam com pedido de instalação de botões de pânico nos consultórios

Esta decisão ocorre depois de três médicos terem sido atacados pelos seus pacientes, nos últimos dias. 

A Ordem dos Médicos anunciou que vai pedir ao Ministério da Saúde para que se instalem botões de pânico nos consultórios, para caso os especialistas sintam receio de ser atacados pelos pacientes. Esta decisão ocorre depois de três médicos terem sido atacados pelos seus pacientes, nos últimos dias. 

O bastonário Miguel Guimarães afirma, citado pelo Correio da Manhã, que esta medida é uma forma de combater as agressões, pois as pessoas "vão pensar duas vezes antes de agredirem”.

Recorde-se que uma médica foi atacada por uma utente no Hospital de São Bernardo, em Setúbal. A mulher, que esperava pela sua vez no Serviço de Urgência, entrou no gabinete da médica e agrediu a médica, puxando-lhe os cabelos e enfiando-lhe um dedo no olho.

Dias depois, um casal de médicos foi atacado no mesmo hospital por um homem de 69 anos que, com queixas de febres altas e à espera de uma consulta no serviço de urgência, questionou a médica sobre o motivo de estar ao telefone. Ela pediu ajuda ao marido, médico no mesmo hospital, mas também ele foi agredido pelo paciente.

Também esta quinta-feira, uma médica do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, na Amadora foi quase vitima da mesma situação, depois de uma paciente a ter tentado atacar. No entanto, esta utilizou o botão de pânico e um agente da PSP acabou por intervir e impedir a agressão. Nesta unidade de saúde, os botões de pânico foram instalados como forma experimental em maio de 2019.