Japão quer que Ghosn seja julgado no país

Ex-presidente da Nissan fugiu do Japão enquanto aguardava julgamento por evasão fiscal.

Serão tomadas “as medidas necessárias” para que o ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, seja julgado no Japão. A promessa foi feita este domingo pela ministra da Justiça japonesa, numa primeira reação à fuga de Ghosn, que aguardava julgamento por evasão fiscal.

“Não há justificação para a fuga de um réu que estava em liberdade sob fiança. É de facto lamentável porque ignorou os procedimentos legais no nosso país, o que corresponde a um crime”, lamentou Masako Mori em conferência de imprensa. A fuga pode resultar em “regras mais restritas” nos serviços de imigração dos aeroportos, avançou ainda.

O Ministério Público do Japão avançou estar a levar a cabo “um inquérito sobre o caso” garantindo ainda que “o Governo fará também tudo com vista a esclarecer as circunstâncias da fuga do empresário”.

Recorde-se que na passada quinta-feira o ministro da Justiça libanês, Albert Serhan, anunciou ter recebido um mandado internacional da Interpol com um aviso vermelho para deter Carlos Ghosn que se terá refugiado no Líbano depois de ter fugido do Japão.

No mesmo dia, as autoridades turcas detiveram vários suspeitos de ajudar Ghosn.