Rosa Grilo e António Joaquim conhecem sentença esta sexta-feira

Nas alegações finais, realizadas no dia 26 de novembro de 2019, o procurador do Ministério Público (MP) Raul Faria pediu para os arguidos penas de prisão superiores a 20 anos.

Rosa Grilo e António Joaquim conhecem, esta segunda-feira, as suas sentenças. A leitura está marcada para as 14h, no Tribunal de Loures, onde o julgamento tem decorrido.

Nas alegações finais, realizadas no dia 26 de novembro de 2019, o procurador do Ministério Público (MP) Raul Faria pediu para os arguidos penas de prisão superiores a 20 anos, enquanto as defesas, que apontam falhas à investigação da Polícia Judiciária (PJ), pediram a absolvição dos constituintes.

O MP atribui a António Joaquim a autoria do disparo que matou o triatleta Luís Grilo, no momento em que este dormia no quarto de hóspedes da sua casa, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira. O crime, que terá, segundo o MP, acontecido na presença de Rosa Grilo, na altura casada com a vítima, terá sido cometido para que ambos os arguidos pudessem assumir a sua relação amorosa – beneficiando ainda dos bens da vítima, avaliados em 500 mil euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.

A acusação do MP, enviada à agência Lusa em março de 2019, conta que a 15 de julho de 2018, os orguidos terão trocado 22 mensagens escritas em trê sminutos, de forma a combinar "os últimos detalhes relativo ao plano por ambos delineado para tirar a vida de Luís Grilo”.

Segundo a acusação, entre essa noite e a manhã seguinte, António Joaquim ter-se-á dirigido à casa de Rosa e Luís Grilo, com uma arma de fogo municiada. António Joaquim terá entrado na casa "com autorização da arguida" para cumprir o plano que já existia há, pelo menos, sete semanas.

No dia após a morte do triatleta, António Joaquim começou a frequentar a casa de Rosa Grilo, “não obstante estarem em curso diligências tendentes à localização do paradeiro de Luís Grilo por familiares, amigos e autoridades policiais”, segundo a acusação.

O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.