Tinder, Grindr e OkCupid envolvidos em polémica

Estas aplicações estão a ser acusadas de partilhar dados dos seus utilizadores com empresas de marketing e publicidade.

Tinder, Grindr e OkCupid envolvidos em polémica

As aplicações de encontro online Tinder, Grindr e OkCupid estão envolvidas em polémica, depois de terem sido acusadas de partilharem de forma ilegal os dados íntimos de milhões de usuários, de acordo com um estudo realizado pelo Norwegian Consumer Council, uma organização sem fins lucrativos  que se dedica à defesa dos direitos do consumidor no país. 

Segundo o documento, publicado pelo The New York Times, estas aplicações estão a partilhar dados dos seus utilizadores, como a sua localização em tempo real, os seus gostos pessoais e até a sua orientação sexual com várias empresas de marketing e publicidade, o que infringe a Lei Geral de Proteção de Dados da União Europeia. 
O estudo noruegês acusa o Tinder  de enviar informações sobre os seus utilizadores a 45 empresas do proprietário da aplicação, o Grupo Match. 

O Gindr, uma aplicação de encontros online utilizada, na sua grande maioria, pela comunicdade LGBT é acusada de partilhar a localização em tempo real dos seus utilizadores e a sua orientação sexual com mais de uma dezena de empresas.

As conclusões do estudo geraram bastante controvérsia no Brasil e levaram o Ministério da Justiça e Segurança Pública a notificar ambas as aplicações. Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor “as empresas têm 10 dias para esclarecerem se os dados pessoais dos utilizadores foram comercializados ilegalmente”. Caso a denúncia apresentada pela organização norueguesa se venha a confirmar, as aplicações terão de pagar uma multa no valor de cerca de 9 milhões de reais – perto de 2 milhões de euros, segundo o G1.

Através de um comunicado enviado ao New York Times, o grupo Match, afirma que apenas trabalhou com empresas externas para ajudar na prestação de serviços e compartilhou apenas dados considerados necessários para esses serviços e que todos eles estão em conformidade com as leis de privacidade. Questionada pela AFP, a Gindr preferiu não comentar o assunto, afirmando não ter recebido nenhuma cópia do relatório, mas afirma valorizar a privacidade dos utilizadores e salvaguardar as suas informações pessoais.