Operação Éter: 59 em 74 arguidos são autarcas ou ex-autarcas

Segundo um despacho a que a agência Lusa teve, esta sexta-feira, acesso, no processo relativo à investigação das LIT da Turismo Porto e Norte, foram constituídos arguidos 18 atuais presidentes de cãmaras municipais das regiões Norte e Centro.

O Ministério Público constituiu 74 arguidos no processo da investigação às Lojas Interativas de Turismo (LIT)  da Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP), realizada no âmbito da Operação Éter. Dos arguidos, 54 são autarcas e ex-autarcas de 47 câmaras das regiões Norte e Centro.

Segundo um despacho a que a agência Lusa teve, esta sexta-feira, acesso, no processo relativo à investigação das LIT da Turismo Porto e Norte, foram constituídos arguidos 18 atuais presidentes, correspondentes às câmaras de Amares, Arcos de Valdevez, Armamar, Arouca, Boticas, Caminha, Castelo de Paiva, Penedono, Resende, Sabrosa, Tabuaço, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Valpaços, Vila Verde, Vila Pouca de Aguiar e Viseu.

Na mesma nota, a mesma agência noticiosa revela que, dos 74 arguidos, oito são vice-presidentes em funções (Cinfães, Espinho, Matosinhos, Montalegre, Santa Marta de Penaguião, Sernancelhe, Tarouca, Torre de Moncorvo) e 16 são vereadores (Armamar, Boticas, Carrazeda de Ansiães, Fafe, Lousada, Mondim de Basto, Oliveira de Azeméis, Paredes de Coura, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Sernancelhe, Vieira do Minho, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Vila Verde).

Da TPNP, foram constituídos arguidos neste processo de investigação a diretora da empresa, Isabel Castro, o administrador-delegado Marco de Sousa, o secretário de gabinete de apoio à direção, Paulo Carrança, e o técnico especialista, Miguel Ângelo Araújo. Da TPNP, também Melchior Moura foi constituído arguido – recorde-se que o ex-presidente da TPNP está em prisão preventiva desde 18 de outubro de 2018 e já acusado por 36 crimes de alegada viciação de procedimentos de contratação pública, no âmbito do processo principal da Operação Éter.

Também constituído arguido no caso principal, José Manuel Agostinho, gestor das empresas Celeuma, Média 360 e Tomiworld, consta na lista a que a agência Lusa teve acesso.

Recorde-se que acusação deste processo, que aguarda agora a fase instrutória, tem por base cinco linhas de investigação sobre a TPNP. Em causa estão, entre outros, os procedimentos de contratação de pessoal e de aquisição de bens, a utilização de meios da entidade para fins pessoais e o apoio prestado a clubes de futebol.

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