Fórum Médico realiza-se na quarta-feira para discutir medidas contra “agressões brutais”

Em comunicado, a Ordem dos Médicos sublinha que ‘não é aceitável’ o facto de os profissionais que estão a ‘salvar vidas’ não vejam a sua protegida.

A Ordem dos Médicos (OM) convocou, esta segunda-feira, o Fórum Médico, encontro para discutir medidas que possam ser tomadas contra “as agressões brutais” de que os profissionais de saúde têm sido alvo.

A reunião acontecerá, na sede nacional da Ordem, esta quarta-feira, dia 29. “Dado a gravidade das situações conhecidas de violência contra médicos e outros profissionais, e o silêncio ensurdecedor dos responsáveis políticos, e, em especial, do Governo”, o encontro, que contará com “os representantes das organizações médicas”, tem apenas um “único propósito: exigir ao Ministério da Saúde e ao Governo as medidas e as condições adequadas para salvaguardar a vida das pessoas, dos profissionais e dosdoentes.

A Ordem sublinha que “não é aceitável” o facto de os profissionais que estão a “salvar vidas” não vejam a sua protegida. Salientando que estas agressões não são feitas apenas contra os profissionais de saúde, mas também contra “professores, magistrados e outros profissionais no exercício da sua profissão”, a OM relembra que todas estas agressões são crimes públicos, para os quais já deveria ter havido uma “intervenção urgente por parte do Governo e das autoridades competentes”.

Na mesma nota, a Ordem realça que é preciso haver medidas, como “proporcionar as condições de trabalho adequadas aos médicos e cumprir regras existentes”, e medidas de proteção, como a existência de um botão de pânico. Sublinhando que estas são “obrigações exclusivas” da ministra da Saúde e do Governo, a OM disponibiliza-se a ajudar o ministério de Marta Temido a “reconstruir o SNS e a reconquistar e valorizar os profissionais de saúde”, sublinhando, porém, que “nunca aceitará a humilhação nem a escravatura dos médicos que a atual tutela parece querer implementar em Portugal e que está a ter consequências desastrosas”, afirma a OM, em comunicado.