Portugal é um dos seis estados-membros da União Europeia (UE) onde os salários são, em média, mais baixos do que há dez anos. A informação é revelada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), que considera que “a crise não acabou”.
"Os trabalhadores em seis países da UE estão em piores condições do que há 10 anos. Os líderes da UE gostam de falar na alegada retoma, mas a crise não acabou para milhões de trabalhadores em muitos Estados-membros", comentou a secretária-geral adjunta da CES, Ester Lunch, que encorajou também a UE a “fazer muito mais para promover o aumento nos salários e nos salários mínimos".
Em comparação com 2010, os salários eram, no ano passado, mais baixos na Grécia (15%), Chipre (7%), Croácia (5%), Portugal (4%), Espanha (4%) e Itália (2%).
De acordo com os dados da CES, para além de, entre 2010 e 2019, os pacotes salariais ajustados à inflação – incluindo contribuições para a segurança Social e pagamentos de subsídios – terem, em média, descido, há outros três países onde os salários estiveram praticamente congelados.