Marquês. A PT tornou-se no banco do GES, acusa advogado da Pharol

Advogado da antiga PT arrasa Zeinal Bava e Henrique Granadeiro no primeiro dia do debate instrutório do caso Marquês

O advogado da Pharol, a antiga PT, falou hoje na abertura do debate instrutório logo após o Ministério Público, frisando que “a prova está bem documentada” e que “os testemunhos são  muito relevantes”.

“Com este inquérito” percebeu-se que a PT se tornou “num banco do GES”, disse o representante da Pharol, que é assistente no caso Marquês, sublinhando que nos últimos anos da Portugal Telecom "foi invertido o processo normal de decisão".

"Durante todo o tempo o que a PT se questionou foi o que levou dois administradores tão experientes [Zeinal Bava e Henrique Granadeiro] a colocarem-na numa exposição maior", sobretudo em tempo de crise, afirmou, salientando que agora se percebe o porquê.

"Receberam indevidamente contrapartidas combinadas com Ricardo Salgado. Nenhum nega as transferências, mas ensaiam tosca explicações", concluiu.

Na operação Marquês estão acusados 28 arguidos – 9 deles empresas. Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos, abuso de confiança e peculato e posse de arma proibida.