BCP confirma que não vai pagar dividendos

Ainda assim, vai manter a intenção de pagar a compensação aos trabalhadores que viram os seus salários cortados entre 2014 e 2017.

O BCP não vai pagar dividendos aos acionistas este ano.“Face aos potenciais impactos e à incerteza associada à situação de pandemia, e ainda que o banco integre o grupo de instituições financeiras sem limitações regulatórias específicas em matéria de distribuição de dividendos, o conselho de administração entendeu ainda propor à assembleia-geral anual a retenção dos restantes resultados relativos ao exercício de 2019, dos quais €13.929.601,66 para reforço da reserva legal, e o remanescente, no montante mínimo de €120.085.414,93, para resultados transitados”, indica o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Ainda assim, vai manter a intenção de pagar a compensação aos trabalhadores que viram os seus salários cortados entre 2014 e 2017. No ano passado, tinha já havido a compensação de 12,6 milhões de euros. Este ano, vai repetir-se, mas num montante mais baixo.

Assim, a administração do banco vai propor “à assembleia geral anual a distribuição de até €1.000,00 a cada colaborador que, não tendo já sido integralmente compensado com os resultados distribuídos em 2019, se mantiver em funções na data de pagamento da remuneração correspondente a junho de 2020, até ao valor máximo global de € 5.281.000,00”. Feitas as contas, haverá mil euros por funcionário que esteja em funções e que tenha sofrido os cortes durante aqueles quatro anos, desde que a compensação recebida no ano passado não tenha já compensado essas perdas.

Estas decisões saíram do conselho de administração que se realizou esta quinta-feira, sendo que agora têm de ser aprovadas pelos acionistas em assembleia-geral, que deverá ser a 20 de maio.