Portugal com quase 6 mil infetados e 486 pessoas internadas com covid-19. Marta Temido lembra que “não podemos confiar na sorte”

O boletim da Direção-Geral da Saúde deste domingo dá conta de 792 novos casos confirmados, o que eleva o número de infetados para 5962. O número de mortos subiu para 119 e o de casos recuperados para 43.

Nas últimas 24 horas morreram em Portugal mais 19 pessoas com covid-19, segundo os dados do boletim da Direção-Geral da Saúde divulgados neste domingo, que não incluem ainda a morte de um rapaz de 14 anos de Ovar num hospital de Santa Maria da Feira avançada ao final da manhã pelo autarca de Ovar – e confirmada pela ministra da Saúde, Marta Temido na conferência de imprensa em que foram atualizados os números da situação epidemiológica em Portugal. 

Esse mesmo último balanço eleva o número total de casos confirmados para 5962 – mais 792 do que na véspera, o que corresponde a um aumento de 15% do número de infetados em relação ao dia anterior. A aguardar resultados laboratoriais estão 5508 casos. O número de casos não confirmados está nos 26.572. E os casos suspeitos são agora 38.042.

Com o aumento de 100 para 119 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, a taxa de letalidade por covid-19 em Portugal situa-se agora nos 2%, uma taxa “ligeiramente superior” à da véspera, nas palavras de Marta Temido — nos indivíduos com mais de 70 anos, nos 8,1%. 

Segundo o boletim da DGS, 89% dos doentes diagnosticados estão a ser tratados em casa e o número de casos hospitalizados é, de acordo com o boletim deste domingo, de 486 pessoas —138 em unidades de cuidados intensivos.

Marta Temido deteve-se no caso do rapaz de 14 anos de Ovar de cuja morte a DGS e o Ministério da Saúde haviam conhecimento pouco antes da conferência de imprensa, adiantando que não estava ainda incluído neste último balanço. E dando conta de que, estando confirmado que o paciente foi testado positivo para o novo coronavírus quando deu entrada no hospital, já em estado grave, as circunstâncias que levaram à sua morte estão a ser investigadas.

A ministra da Saúde voltou a lembrar, repetindo a informação do dia anterior, que o pico da infeção está agora previsto para o final do mês de maio. “De acordo com os dados de que dispomos até à data, a incidência máxima da infeção ocorrerá de facto no final de maio, mas queria sublinhar que esta estimativa é estimada diariamente e reflete não só o impacto das medidas tomadas mas também a nossa capacidade de as respeitarmos”, alertou a ministra. “O facto de termos determinado distanciamento social serve de pouco se o comportamento de cada um de nós não for disciplinado. Não podemos confiar na sorte”.