OIT. Europa perde 12 milhões de empregos até junho

As conclusões do relatório da OIT divulgado esta terça-feira adiantam que em todo o mundo 6,7% das horas de trabalho vão ser afetadas. Essas horas equivalem a 195 milhões de trabalhadores a tempo inteiro (dos 3,3 mil milhões em todo o mundo).

A Organização Internacional do Trabalho estima que a pandemia de covid-19 vai fazer “desaparecer” 7,8% das horas de trabalho na Europa até ao final do segundo trimestre de 2020. No total, o novo coronavírus vai afetar o equivalente a cerca de 12 milhões de empregos.

As conclusões do relatório da OIT divulgado esta terça-feira adiantam que em todo o mundo 6,7 por cento das horas de trabalho vão ser afetadas. Essas horas equivalem a 195 milhões de trabalhadores a tempo inteiro (dos 3,3 mil milhões em todo o mundo).

Para além da Europa, a redução das horas de trabalho será sentida em especial nos Estados árabes (8,1 por cento, o equivalente a cinco milhões de trabalhadores) e nas regiões da Ásia e Pacífico (7,2 por cento e 125 milhões de trabalhadores).

A OIT apontava anteriormente para um aumento de 25 milhões de desempregados em todo o mundo, mas a organização admite agora uma estimativa “significativamente mais alta, embora considere que esse número possa depender das “medidas políticas que venham a ser adotadas”. “É preciso adotar medidas políticas integradas e de grande escala, centradas em quatro pilares: apoiar as empresas, o emprego e os rendimentos; estimular a economia e o emprego; proteger os trabalhadores no local de trabalho; e utilizar o diálogo social entre governos, trabalhadores e empregadores para encontrar soluções”, recomenda a OIT no relatório.

A OIT identifica o alojamento e restauração, manufatura, comércio e atividades comerciais e administrativas como os setores mais afetados pela crise, e reforça que todos os níveis de rendimento vão sofrer “enormes perdas”.

 O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, citado na nota, afirma que se está perante a maior crise do emprego desde a 2.ª Guerra Mundial. “Temos de agir com rapidez, decisão e coordenação. As medidas certas e urgentes podem fazer a diferença entre a sobrevivência e o colapso”, diz, considerando que “este é o maior teste à cooperação internacional em mais de 75 anos” e que “as medidas certas” podem mitigar o impacto da crise sobre as empresas e os trabalhadores.