António Costa considera plano franco-alemão de 500 mil milhões “uma excelente proposta”

Alemanha e França anunciaram ter chegado a acordo para a criação de um fundo de recuperação europeu no valor de 500 mil milhões de euros. Mecanismo seria a fundo perdido, mas Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia continuam a opor-se.

O primeiro-ministro António Costa considerou esta terça-feira "uma excelente proposta" o plano franco-alemão para a criação de um fundo de recuperação europeu de 500 mil milhões de euros baseado em subvenções, mas advertiu que há "importantes" aspetos em aberto.

António Costa assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, tendo aproveitado para revelar que esta manhã teve "uma longa conversa telefónica" com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, já depois de ter falado nos últimos dias com a chanceler germânica, Angela Merkel, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.

Recorde-se que, na segunda-feira, a Alemanha e a França anunciaram ter chegado a acordo para a criação de um fundo de recuperação europeu no valor de 500 mil milhões de euros, dirigido para as economias afetadas pela pandemia de covid-19.

Numa declaração conjunta, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emannuel Macron, indicaram que apoio a fundo perdido dirigido às economias mais afedo proposto será entregue a fundo perdido às economias mais afetadas e será executado no âmbito do próximo quadro financeiro plurianual (2021-27).

“Criar uma Europa da saúde deve ser a nossa prioridade”, afirmou Macron, realçando que o plano de relançamento económico para a Europa destina-se a combater uma recessão de amplitude histórica no continente.

Este mecanismo, porém, ainda não merece o aval de todos os 27 Estados-membros, merecendo a discordância de países como Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia, que continuam a preferir realizar empréstimos para a recuperação da economia europeia, a serem feitos pelos países que os solicitem.