BdP. Atividade económica e consumo privado registam maiores quebras desde 1978

Os dados foram revelados pelo Banco de Portugal (BdP) e já refletem o impacto da crise pandémica. 

Os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado registaram em março e abril as maiores quebras mensais desde o início das séries, em 1978, refletindo o impacto da crise pandémica Os dados foram revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados divulgados pelo banco central, o consumo privado desacelerou pelo oitavo mês consecutivo de uma variação homóloga de -0,3% em março para -1,5% em abril. Já a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi negativa em 1,7%, agravando-se face aos -0,9% de março. 

Considerando o trimestre terminado em abril, a taxa de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram negativas em 0,9% e 1,5%, respetivamente, o que compara com -0,2% e -0,3% em março, pela mesma ordem.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de -0,6% (1,8% no período homólogo de 2019), enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de -0,9% (2,6% em 2019).

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que no atual contexto de crise pandémica, “dadas as alterações bruscas e significativas nos valores das séries utilizadas na sua compilação, é expectável que se verifiquem revisões dos indicadores coincidentes superiores ao habitual”.