O elevado número de casos registados nos últimos dias na região de Lisboa e Vale do Tejo levou o Governo a nomear um gabinete de intervenção coordenado por um médico de saúde pública. O objetivo é identificar as cadeias de transmissão e os novos casos o mais rápido possível e garantir que “todos os surtos estão mapeados e georeferenciados”. O novo gabinete de intervenção vai englobar ainda todas as autoridades regionais e locais de saúde.
Durante a conferência de imprensa no Ministério da Saúde, Marta Temido referiu que 90% dos novos casos registados esta terça feira estão concentrados nos concelhos de Lisboa, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas. O boletim diário divulgado esta quarta-feira apontava para 51 novos casos em Lisboa, 37 na Amadora, 53 em Sintra, 43 em Loures e 11 em Odivelas num total de 294 casos confirmados a nível nacional.
A ministra da Saúde especificou ainda que há “claramente 13 surtos identificados em freguesias destes concelhos”, sendo elas Arroios, Santo António, Encosta do Sol, Queluz e Belas, Águas Livres, Agualva, Mira-Sintra, Mina de Água e Rio de Mouro.
Relativamente ao caso de Sintra, é apontada uma especificidade, uma vez que “há cinco residênciais para idosos que tiveram casos ativos ao longo do tempo e que não conseguiram ainda suprimir totalmente a epidemia”, explicou Marta Temido.
Já relativamente ao setor da construção civil, onde têm sido identificados vários casos positivos, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que o Conselho de Ministros “decidiu que aquela regra definida para a Área Metropolitana de Lisboa, de que os veículos privados de transportes de trabalhadores têm uma lotação de dois terços e na sua utilização é obrigatório o uso de máscara, foi alargada ao território nacional”. Até ao final desta semana será determinado um novo plano com medidas especificas para este setor.