Movimento portuário cai 4,1% até abril

Porto de Lisboa foi o que registou maiores quebras o que se justifica com o “forte clima de instabilidade laboral”.

Os portos do continente movimentaram 28,63 milhões de toneladas de carga nos primeiros quatro meses do ano, menos 4,1% face a igual período de 2019. Os dados foram revelados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Só no mês de abril, durante o período abrangido pelo estado de emergência, o movimento portuário desceu 5,3% em comparação com o mesmo mês de 2019.

No total, o decréscimo registado correspondeu a menos 1,23 milhões de toneladas de carga e foi, sobretudo, sentido no Porto de Lisboa, que registou uma quebra de 900,3 mil toneladas, ou seja, menos 24,7%, o que se justifica com o “forte clima de instabilidade laboral”. Já os portos de Setúbal, Sines (distrito de Setúbal) e Aveiro também registaram perdas de, respetivamente, 251,2 milhões de toneladas, 192,1 milhões de toneladas e 21,4 milhões de toneladas.

Viana do Castelo, Leixões (Porto), Figueira da Foz (Coimbra) e Faro totalizaram uma subida de 139,3 milhões de toneladas. 

A AMT justificou a quebra de movimentação global essencialmente com o comportamento do mercado do carvão em Sines, que, “por razões exógenas à própria atividade portuária, registou uma quebra de 1,3 milhões de toneladas, resultante do facto de praticamente não haver produção de eletricidade nas centrais termoelétricas de Sines e do Pego”.

No período em causa, estas duas centrais registaram uma quebra de produção de 98,5% e 74,2%, respetivamente.