Associação incentiva proprietários de bares a reabrir portas

Estabelecimentos de diversão noturna de todo o país estão fechados ao público há cerca de três meses.

Os espaços noturnos continuam fechados de norte a sul do país e as manifestações contra o enceramento continuam a ser realizadas por vários grupos. Ontem, em Lisboa, responsáveis de mais de 300 estabelecimentos de diversão noturna estiveram unidos em protesto junto à Assembleia de República. Mas a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) já incentivou os proprietários de bares a abrir portas, visto que alguns estão mesmo classificados como estabelecimentos de bebidas ou de restauração – podem, por isso, reabrir com as devidas medidas de prevenção.
“Nesta altura, acreditamos que é possível encontrar soluções que, mesmo com alguns condicionamentos, sejam uma alternativa mais interessante do que manter os bares encerrados e há já exemplos desses no mercado. É nesse sentido que estamos a incentivar estes empresários a aceitar mais este desafio, sobretudo tendo em conta a indefinição de uma perspetiva que ainda se mantém, por parte do Governo, em torno do reinício da atividade relativa aos estabelecimentos de diversão noturna”, sublinhou Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT, em comunicado.

Além disso, a associação apelou a que os proprietários destes estabelecimentos tenham ainda mais criatividade neste mais recente desafio da “nova normalidade”, não vendo justificação para, em alguns casos, os bares continuarem fechados ao público.

“Este é um momento para os empresários serem flexíveis e terem alguma criatividade. A pandemia veio exigir aos nossos estabelecimentos um enorme esforço de adaptação, de forma a ser possível, por um lado, cumprir as novas regras do mercado e, por outro lado, ir ao encontro dos novos comportamentos dos clientes. Neste contexto, o desafio que se coloca aos bares é o mesmo que foi colocado aos setores da hotelaria e da restauração, que tiveram que se reinventar e criar uma nova dinâmica de funcionamento, o que, em alguns casos, até conduziu à criação de novas oportunidades de negócios”, concluiu Rodrigo Pinto Barros.